Nossa Causa

O câncer-infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).

Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).

O câncer em crianças e adolescentes geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que a doença em adultos afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão). Doenças malignas da infância, por serem predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células indiferenciadas, o que determina, em geral, uma melhor resposta aos métodos terapêuticos atuais.

No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que nos permitam observar claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e à orientação terapêutica de qualidade.

No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que nos permitam observar claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e à orientação terapêutica de qualidade.

Causas

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. A exposição a fatores ambientais pode ser determinante para o desenvolvimento do câncer infantil e juvenil, diferentemente dos adultos. Não há uma relação clara de um fator, como é o cigarro para o câncer de pulmão. Na primeira infância, essa exposição a fatores ambientais se dá inclusive de forma indireta, ou seja, o contato com os adultos é uma das vias da exposição. Em geral, as exposições durante a vida intrauterina são consideradas o fator de risco mais conhecido desse grupo de neoplasias em crianças e adolescentes. Existem muitas pesquisas em curso sobre as causas do câncer infantil e juvenil. Alguns fatores de risco foram detectados ao longo destes anos, como:

A exposição prolongada a substâncias químicas, como o benzeno – presente em produtos químicos, petroquímicos, seus derivados e cigarros. O benzeno está presente no dia a dia, em produtos como isopores, cola, tintas, refrigerantes e até no ar devido às emissões de gases de automóveis e indústrias. As condições genéticas, como a Síndrome de Down, que atuam como um fator de risco, pois há de 10 a 20 vezes mais chances de uma criança diagnosticada com esta síndrome ter leucemia. Pesquisas mostram também que crianças que vivem com HIV têm mais chances de desenvolver linfomas. O mesmo acontece com enfermidades como Síndrome de Gorlin, Neurofibromatose e Síndrome de Li-Fraumeni.

Os níveis altos de radiação, como a que houve em Nagasaki (Japão) na segunda guerra mundial, podem causar cânceres. Inclusive a quimioterapia e radioterapia, quando aplicadas juntas, podem aumentar os riscos de leucemias no futuro. A exposição dos pais a produtos químicos, determinados tipos de remédios e outros fatores ambientais ainda estão em estudo e podem aumentar os riscos de câncer em crianças. Algumas doenças na primeira infância como Hepatite B, Herpesvírus Humano tipo 4 (Epstein-Barr) e o tipo 8 também aumentam os fatores de risco.

Sintomas Gerais

- Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.

- No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo. Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade. Hoje a pesquisa desse reflexo poderá ser feita desde a fase de recém-nascido.

- Algumas vezes, os pais notam um aumento do volume ou uma massa no abdômen, podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.

- Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser visíveis ou não e causar dor nos membros, sintoma presente, por exemplo, frequente no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.

- Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.

Tratamentos

O tratamento contra o câncer infantojuvenil é longo e demanda mudanças na rotina do paciente e da família. Não só pelo afastamento da criança ou do adolescente da escola e de outras atividades, mas também pelas mudanças de hábitos de alimentação, higiene, entre outros no próprio lar.

Após o câncer diagnosticado, o profissional especialista em oncologia pediátrica será responsável pelo tratamento de jovens e crianças. Este profissional é um médico com formação específica no tratamento de câncer.

O médico fará uma entrevista inicial com o paciente e o responsável, de modo a explicar os procedimentos, riscos e ações imediatas para tratamento, entre eles:

Radioterapia

são usadas radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Embora seja direcionada ao foco do tumor, também afetam algumas células normais, causando efeitos colaterais. As radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sente nada. Entretanto, após as seções, o paciente pode sentir enjoo, vômitos e febre.

Transplante de medula óssea

Consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. É uma alternativa para leucemias.

Quimioterapia

São aplicados medicamentos na veia, podendo também ser ministrado por via oral, intramuscular, subcutânea, na pele ou intratecal (onde flui o líquido que se encontra ao redor da medula espinal). Os medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo para destruir células doentes, impedindo que elas se espalhem. Assim como na radioterapia, células saudáveis também são atingidas, causando reações como queda de cabelo, vômitos e fraqueza.

Cirurgias em células cancerosas

A remoção do tumor é um tipo frequente de tratamento. Os oncologistas pediátricos e cirurgiões fazem a operação com o objetivo de eliminar o núcleo de células cancerosas. Após a cirurgia, invariavelmente, são utilizadas outras terapias para complementar o tratamento, como a quimioterapia e a radioterapia.

Tratamentos Complementares

Cuidados psicológicos

O acompanhamento psicológico do paciente e da família é um dos pontos mais importantes para o bom andamento do tratamento. Apesar da evolução nos tratamentos médicos e aumento das chances da cura, a notícia de que se tem câncer ainda é recebida com sofrimento, medo e insegurança em qualquer idade. A doença confronta o paciente e seus familiares com a morte e com a dor. Por isso é essencial que haja acompanhamento psicológico para o paciente e seu acompanhante, de forma a melhorar a qualidade de vida durante o tratamento e, principalmente o seu engajamento para a cura da doença. Em geral o Hospital oferece este acompanhamento que é complementado por atividades psicossociais em grupos e casas de apoio.

Cuidados odontológicos

Um dos principais objetivos do tratamento odontológico de pacientes é cuidar do meio bucal de modo a evitar e eliminar quadros que podem piorar a situação do paciente devido à baixa imunidade, como cáries, raízes residuais, inchaços, inflamações, entre outros. Além disso, a mucosite (inflamação das mucosas, inclusive boca e esôfago) é um efeito colateral da quimioterapia e da radioterapia, que impacta a alimentação do paciente, causa dor e pode favorecer infecções oportunistas. Recomenda-se, portanto, que o dentista faça parte da equipe multidisciplinar de atendimento.

Ajuda da família

Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doente devem receber atenção integral, inseridos no seu contexto familiar.

A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, não deve faltar ao paciente e à sua família, desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário, o que envolve o comprometimento de uma equipe multiprofissional e a relação com diferentes setores da sociedade, envolvidos no apoio às famílias e à saúde de crianças e jovens.

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